sexta-feira, abril 07, 2006

Saudade

Com a minha mente desenho os teus cabelos
Ao vento,
A tua pele branca como a neve
Suave,
Imagino as tuas mãos frias
Delicadas.
Como se fosses real,
Como se realmente existisses.

E amar-te-ei secreta e eternamente
Até ao fim.

Porque o teu prazo terminou
Partis-te.
Deixaste-me.
A mim e às minhas tentativas
Falhadas
De te encontrar.

E perdido no tempo te digo
Volta para mim, conhece-te!





Nos meus olhos vazios te vejo
Dia e Noite.
Muito ruído, muito trabalho.
Mesmo assim não me liberto do teu espectro.

A tua Arvore da Vida tem raízes que
Nunca chegarás a compreender,
Encontrar, ou até perder.

Mas perdido estou eu. Na Ciência Filosófica
De te amar.

Não suporto sentir o cheiro da tua existência.
Inquieta-me. E sublinha as tuas palavras
Manuscritas – recordações infinitas –
O teu beijo – o meu desejo – em praias malditas…

No entanto um dilema se impõe.
Anseio encontrar-te para depois
Ansiar deixar-te.
Retorna casa Minerva,
Voltarei a amar-te.