Caldo de Terra, lava e massa cinzenta talvez bolorenta
Aqui não há água senão suja Verdusca! Como isto custa! Da terra infértil nascem os idiotas Que dão sabor esta sopa… Mas que bela marinada! Não sou cozinheiro, muito menos Cliente. Absorto do lado de fora Á janela espreito. Espio os deliciosos clientes Manjando a sopa Como se parte dela fizessem BAH!! Ahahahah Louco, puro louco. Demente Mas Contente! Não! Satisfeito. Já é mais a preceito! Vagueio p'las ruas na esperança de um restaurante. Onde me paguem pra comer o merdoso Monte de Bosta que mais ninguém quis. Sorrio! Como, aprecio, repito Desejoso por mais. Respiro o espírito pescador do restaurante onde me encontro só Até Ao dia Que me for embora, ou que quiser ficar de vez! … Que dirá o cozinheiro? Mostro-me! Sou feito da mesma massa bolorenta Que fora um dia cinzenta Mas hoje é negra! Mesma cor da escuridão que nos envolve Absorve E junto vai este restaurante Enorme… Gigante… Entediante. A chuva para lá fora. Como quem quer entrar A porta embate contra as calhas que a amparam… Repetidamente… Olho para o cozinheiro Vou abrir… Será chuva? Será gente? [ me desculpa mas não consegui resistir ao teu agradável toque de fala… ] Chuva não é certamente, pois não chora, ri ou mente. E gente não pára aqui! Rodo a chave e a criança em mim cresce Pois assim este restaurante floresce Com mais alguém que coma aqui! E vi… que na escuridão se escondia uma sombra Que me leva o resto da vida. - vais entrar? - Disse desinteressado - só mesmo Bosta pró jantar. Também temos p'ra levar. - uhm uhm uhm…
1 comentário:
adorei! está mesmo giro este! O toque de humor acenta mesmo bem!
Parabens,
Maguie
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